terça-feira, julho 20

O mundo

Ela é a personagem principal de um mundo que criamos juntas. Eu e ela. Tudo lá é plural, um plural de dois. Um S que só cabe nós duas. Lá nós respiramos um ar que purifica esse amor. Pisamos num chão que nos fortifica e comemos açúcar para que sejamos sempre doce.
Criamos um mundo suspenso do nosso, por que precisávamos de um apoio. Tudo que sentíamos era intenso demais. Ardia demais. Precisávamos nos catalizar e para isso tínhamos que estar sempre juntas; coisa que no mundo real, não podia acontecer. E juntas ficamos neste mundo.
Muitas vezes nós nos cansamos de onde vivemos... abandonamos o rumo do nosso caminho, mas vem o destino e ZÁZ, te lembra de tudo aquilo que você tem... Um mundo... Uma personagem principal... E aí voltávamos juntas para o mundo, sim assim ele se chama, o mundo.
Corríamos em direção uma da outra, como cena de filme. Parávamos e ficávamos esperando o primeiro sinal que surgisse para nos abraçar. Sentávamos a beira do mundo, olhávamos as coisas que lá nós tínhamos construído, nosso jardim, nossos bichos, nossa casa... Nos abraçávamos com o olhar, sentíamos a imensidão daquele amor e em paz podíamos dormir.
Bem. São 04:12 da manhã. E ela... não está aqui...O mundo está vázio. Quase não pulsa mais. O mato cobriu quase tudo... Os bichos, por mais amados que sejam, sentem nossa falta. Hoje, eu vim sozinha... e realmente esperava a encontrar aqui, nem que estivesse dormindo, mas que estivesse me aguardando... Bem, assim eu vou fazer. Esperarei por ela à cada minuto. Farei das nuvens palavras da solidão de ser só dois, as pintarei de amor, e as regarei todos os dias com esperança... E o sol reluzirá vermelho, quando o raio em seu cabelo anunciar: "Wait...

They don't love you, like i love you!"

À todos vocês: Confissão III


Medo bobo. Não do seu coração, que sei doce. Eu tive medo de bater à sua porta e não ser atendida. Tive medo de não ser bem recebida. De você abrir, me ouvir chamar teu nome e fechar a porta, dizendo se tratar de engano, me pedindo gentilmente para verificar o endereço- como se eu não o tivesse feito centenas de vezes. Parece balela, bem sei, mas faz parte da minha educação: fico a um passo da porta, ainda que aberta, mas não entro sem um convite. Posso passar anos ali, parada, criando bolor. Jamais invadiria, não penetraria à sua casa nem que fosse com à ponta dos pés, ainda que eu tivesse leveza. Dedicada, sofrida e apaixonada bailarina. Tive medo de que ele, o convite, não viesse. Tive medo de ficar ali parada, à porta do seu coração, pelo tempo de uma eternidade que não findasse. Fico pálida só de pensar. E volto a habitar o continente de gelo. Quando percebo que já é madrugada e os seus olhos me transportam sem mim há duas ou mais semanas. Parece ontem, parece hoje, parece sempre. Parece um ontem mal resolvido, um agora: rebobino a fita centenas de vezes, mas lá dentro de você eu continuo sentada, com medo, olhando a rampa que não desço. Eu não sei o que fazer e não consigo voltar, uma vez que estou dentro de onde sempre quis estar. Se eu dissesse que te amo, você, o que diria?

Texto de: Lila Alves

domingo, julho 18

domingo, julho 11

"Se nos ouvissem...

(religião. política. futebol. hierarquia. bruxaria. escolha. raça. negro. moreno. loiro. ruivo. mulato. pobre. rico. crianças. pais. filho. amigo. namorado. namorada. mulher. homem. idoso. gay. lésbica. bi. metrossexual. liberdade. Rock n'roll. sertanejo. pop. forró. axé. pagode. samba. orquestra. música. careca. cabeludo. piercing. tatuagem. alargador. sabedoria. ignorância. nerd. magro. gordo. feio. bonito.




intolerância. compulsividade. repulsividade. emo. indie. gótico. patty. surfista. skatista. playboy. peão. hippie. alto. baixo. louco. paralítico. cego. epiléptico. doente. mudo. surdo. aids. libertinagem. dependentes químico. hipocondríaco. depressivo. lixeiro. médico. prostituta. advogado. estilista. mendigo. músico. poeta. narcista. poser. brasileiro. americano. alemão. judeu)

... não seriamos um problema social"

segunda-feira, julho 5

Cem Inspirações


De que me valem?
De mãos atadas nada posso fazer... Com a boca fechada, nem um "foda-se você!"
Sentir, sentir, sentir, sem ti.
Do que me vale? O que me resta então?
Seguir?
Não dá.
Está tudo pela metade. Eu sou pela metade.
Sem ti.
Não posso falar, nem gritar, nem te abraçar... só sentir.

quinta-feira, julho 1

É... a loucura não existe.


Será que você está
T
R
a
n
C
A
DAlifora? Seráqueasperguntasestãocertas?
Então...
...[t] [r] [o] [ ] c [a]...
[ ] e[ ] u
me.tranco.em.você
.e.
deixo.as.portas
ab
er
ta
.s.