quarta-feira, junho 9

EUS

Como me chamo?
Ora, que importa meu nome?
Iguais a ele existem milhares de outros no mundo.
O que difere um ser humano do outro, não é um nome e sim a intensidades de suas vontades.
Possuo uma crueldade excepcional que, quando adormecida, cede lugar a uma ternura intrigante, curiosa, que me entorpece, me alivia.
Sou escrava dessas duas realidades.
Elas me fazem nascer e renascer, todos os dias, e me tornam humana.
Sempre que atravesso a delicada e invisível fronteira que as separam, sou tomada por uma espécie de estupidez execrável que,
com o passar dos anos, me fez perceber que o espaço que separa a vida da morte é feito de silêncio, do simples quebrar de um salto,
de uma brevidade não medida pelo tempo. Somos movidos por uma bomba-relógio chamada coração, cujo controle não nos pertence.
Deixei de sentir revolta, aprendi a não brigar com o que desconheço, perdi o sentido do pecado...
Eu sou filha do amor. Não de Deus, muito menos do Diabo.
Na ciranda das canções eu me ponho a revelar...
Hoje sei bem que sou eu que giro a minha vida circular. Essa roda eu quem invento. E faço tudo nela se encaixar.
É. Eu sou assim.


Textos "adapitados":
Lua Negra (Claúdia Magalhães)
Senhor dos Destinos (Claúdia Magalhães)
Era (Ana Carolina)

3 comentários:

  1. MORRI! Sou sua fã, te amo, tudo numa proporção muito maior do que antes.

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  2. SENSACIONAL!!!
    SENSACIONAL!!!
    SENSACIONAL!!!

    Fera, ADOREI esse post! *________*
    Casa comigo, Lhulhulhulhu??

    Aproveitando... essa parada aqui do seu "quem sou eu", NUNCA me deixou em paz: "pra saber por que que com tanta gente que eu podia ser, eu nasci eu."
    Sério mesmo, VIVO pensando nisso. #choquei

    Casa comigo meRmo?

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